Mapa participa de Conferência Ministerial sobre eficiência climática no Chile
Essa é a primeira participação do Brasil como membro oficial da Climate and Clean Air Coalition
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participou, nos dias 13 e 14 de abril, da Conferência Ministerial sobre Sistemas Alimentares de Baixa Emissão, realizada em Santiago, no Chile. Promovido pelos ministérios da Agricultura do Chile e da Espanha em parceria com a organização Global Methane Hub, o evento teve como finalidade discutir a redução das emissões de metano a nível mundial e reuniu autoridades de diversos países. A ocasião marca a primeira participação do Brasil como membro oficial da Climate and Clean Air Coalition (CCAC).
O encontro promoveu o diálogo e o fortalecimento da articulação entre os países, o compartilhamento de experiências, a mobilização de recursos para a mitigação de metano e o posicionamento da agricultura como setor que contribui para soluções dos desafios da mudança do clima. Na oportunidade, foi assinada uma declaração com propostas de compromissos e ações concretas para esse cenário.
O evento reuniu ministros da agricultura e do meio ambiente comprometidos com a redução de emissões, e com a promoção de condições para sistemas alimentares seguros e alinhados às mudanças climáticas. Mais uma iniciativa dos países que assinaram o Acordo de Paris e o Pacto Global de Metano, que prevêem a redução de gases do efeito estufa em 30% até 2030. A conferência contou com o apoio de organismos internacionais e atores não-estatais.
A agricultura e a mudança do clima, as metas e sistemas alimentares frente à mitigação do metano, os mecanismos de financiamento para a redução de emissões de metano foram alguns dos temas debatidos, que tiveram a contribuição do Mapa, representado no evento pela secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI), Renata Miranda e pela chefe de gabinete da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI), Francieli Covatti.
Para a secretária Renata Miranda, a presença do Brasil em vários fóruns internacionais que tratam sobre mudança do clima é crescente. “O Brasil prioriza a eficiência, a justiça e a prosperidade climática, em sinergia com a intensificação sustentável equilibrada com a perspectiva da segurança alimentar. É importante mencionar que, para além das ações de mitigação de metano, precisamos considerar a adaptação provida pela adoção de práticas sustentáveis, bem como a gestão integrada da paisagem, e levar a mensagem da agricultura dos trópicos aos demais países”, explica.
Sobre o ingresso no CCAC, Renata Miranda avalia que o momento representa a intensificação da interação do Brasil com várias nações. “Esse alinhamento favorece a ampliação de recursos e condições para enfrentar as mudanças no clima. Além disso, possibilita que o país insira a ciência tropical a nível mundial, para que todos conheçam a agricultura sustentável brasileira”, destaca.