Olha o palavrão! Fortaleza lidera ranking das cidades mais “desbocadas” do Brasil

Número de xingamentos ditos diariamente na capital do Ceará  é maior que a média nacional, destaca estudo da Preply

Que a cidade de Fortaleza é conhecida por sua simpatia e bom humor não é novidade para ninguém. Agora, que os fortalezenses são a população mais “desbocada” do país, isso é o que acaba de revelar a mais nova pesquisa da Preply, plataforma de e-learning que investigou a relação dos municípios brasileiros com os famosos “palavrões”. De acordo com o levantamento, a capital do Ceará é a campeã nacional no quesito dizer palavras de baixo calão — e divide o pódio dos maiores “bocas-sujas” com o Rio de Janeiro e Brasília.

Para chegar aos resultados, a empresa, que já havia divulgado as localidades mais rudes e gentis do país, entrevistou mais de 1.600 residentes de 15 municípios nacionais, que puderam compartilhar em que situações falam mais palavrões, com quem costumam ser mais “desbocados” e quando evitam dizer tais xingamentos. Em seguida, os respondentes tiveram suas respostas compiladas e analisadas, de modo a se calcular o número médio diário de vezes em que as pessoas xingam em cada cidade. Em Fortaleza, cada habitante disse falar, aproximadamente, 8 palavrões por dia.

Fortaleza, Rio, Brasília: as cidades mais “desbocadas” do país

Embora o sudeste concentre o maior número de “bocas-sujas”, de forma geral, o estudo revelou que cada região do país possui seus bons e maus representantes. Isso porque, segundo os próprios residentes, são três as cidades que se superam quando o assunto é falar palavrões: ao lado de Fortaleza, Rio de Janeiro e Brasília, todas com uma média de 8 xingamentos diários feitos por alguém. O segundo lugar fica a cargo de São Paulo e Belo Horizonte, com 7 palavrões por dia, enquanto Manaus (6) ocupa o terceiro lugar.

Já a maior porcentagem de habitantes incomodados com palavras grosseiras ou ofensivas aparece em São Luís, no Maranhão, cidade cuja média é a mais baixa de toda a pesquisa: apenas 1 palavrão dito por dia.

.

Vale pontuar que, se comparado a outros países, o Brasil está longe de ser o mais desbocado do mundo. Muito pelo contrário, aliás: segundo o estudo, também realizado na Inglaterra e Estados Unidos, somos quem mais dá bons exemplos em comparação com ambos, em que a taxa média de palavrões por dia é cerca de 10 e 21, respectivamente. Por aqui, a média nacional de xingamentos é de apenas 6,61 — três vezes menor, portanto, que o registrado pelos estadunidenses.

A quantidade de palavrões diários também costuma variar dentro de grupos específicos. Na comparação entre homens e mulheres, eles (8,48 vezes por dia) tendem a xingar mais do que elas (5,35 vezes por dia). O mesmo acontece entre os mais  jovens e os mais velhos: como imaginado, brasileiros entre 16 e 24 anos (8,9 vezes) falam quase o dobro de palavreados por dia do que aqueles acima de 55 anos (4,74 vezes).

Onde e quando surgem os palavrões

Para entender em que locais e circunstâncias os brasileiros mais falam palavrão, os entrevistados foram questionados sobre que tipo de situação tende a despertar os xingamentos. Embora as discussões de trânsito sejam típicas no Brasil, curiosamente, apenas 16,65% dos brasileiros revelaram xingar enquanto dirigem. O comportamento é mais provável de acontecer em Campinas, onde 33,33% disseram recorrer a ofensas do tipo ao dirigir.

Na verdade, a liberdade parece mesmo morar dentro de casa, considerando que quase 50% dos respondentes selecionaram o local como aquele onde costumam praguejar como quiserem. Em São Luís, o município nacional menos “boca-suja” entre os considerados, 60% dos habitantes xingam mais quando estão no próprio lar.

Em contrapartida, o baixo número de brasileiros (9,53%) que revelaram dizer palavrões durante o trabalho reflete uma máxima do mundo corporativo: não é de bom tom usar linguagem obscena em contextos profissionais. Nem mesmo em Porto Alegre, cujos residentes são os mais propensos a isso (19,05%), a porcentagem chega a ser considerável.

Os adeptos aos palavrões sabem que nem sempre eles são usados para ofender outras pessoas. Muitas vezes, aliás, os xingamentos aparecem quando ninguém está por perto, em momentos de excesso de raiva e autodepreciação — exatamente como sugerem as respostas do levantamento.

Para se ter uma ideia, de acordo com a maior parte dos entrevistados, os palavrões são geralmente ditos a si mesmos (26,85%) ou a ninguém em particular (20,60%). Só em seguida aparecem outros envolvidos, como os amigos (17,42%), parceiros amorosos (12,99%), colegas de trabalho (7,70%), irmãos (6,54%) e até mesmo os próprios pais (0,96%).

Palavrão com hora e lugar: quando evitamos soltar palavrões

Pelo visto, ao que indicam as respostas, existe mesmo hora e lugar para dizer palavrão. Afinal, quando perguntados sobre o que os inibe de recorrer à linguagem chula, quase 80% da população revelou se abster de usá-la na frente de crianças (78,10%), do próprio chefe (76,88%) ou à mesa de jantar (76,57%).

Uma grande parcela dos respondentes ainda assinalou evitar palavreados do tipo perto de pessoas idosas (70,10%), enquanto um número menor disse dispensá-los mesmo quando estão com estranhos (60,89%).

Metodologia

Entre 2 a 7 de novembro de 2022, foram entrevistados, via Censuswide, 1.639 brasileiros residentes em 15 cidades do país (necessária residência de pelo menos 12 meses no município). Para determinar as localidades que mais xingam, os entrevistados compartilharam o número de vezes que xingam por dia, número posteriormente utilizado para calcular e classificar a média em cada município.

Sobre a Preply

A Preply é uma plataforma online de aprendizagem que conecta milhões de professores nativos a alunos de todo o mundo. A empresa fundada em Kiev, na Ucrânia, e que conta com escritórios em Barcelona, Espanha, já alcançou mais de 140 mil professores que ensinam 50 idiomas em 203 países ao redor do planeta. A solução proporciona uma relevante e eficiente experiência de aprendizado a preços justos. Mensalmente, a Preply realiza pesquisas nas áreas de educação, mercado, estilo de vida e outros temas relevantes para o mundo globalizado.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

0 Compart.
Twittar
Compartilhar
Compartilhar