DÓLAR NA MÁXIMA DE 4 MESES
“O dólar deve continuar flutuando de acordo com o mercado global. O comercial já “beliscou” os R$ 4,00 na abertura e deve continuar chamando a atenção do mercado” |
O dólar bateu a máxima de quatro meses, segundo o índice de moedas da Bloomberg. A moeda continua subindo, contando com a falta de sincronia do crescimento global, com o recrudescimento das tensões geopolíticas e com a piora da situação de alguns países emergentes, com destaque para a Argentina. “Com o Banco Central (BC) fora do mercado e com a cautela dos agentes em relação às condições gerais do Brasil, o dólar deve continuar flutuando de acordo com o mercado global. O comercial já “beliscou” os R$ 4,00 na abertura e deve continuar chamando a atenção do mercado”, comenta o Economista-Chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira.
No exterior as atenções se dividem entre as análises dos balanços corporativos e a sequências de altas dos preços do petróleo. Os balanços mostram fraqueza do segmento industrial e manutenção da força do setor de tecnologia. A Microsoft divulgou um forte balanço ontem e subiu mais de 4%. “Hoje, porém, a 3M justifica a cautela do mercado em relação ao comportamento da economia real no primeiro trimestre. Quanto ao petróleo, o barril WTI se mantém acima dos US$ 66 sem sinais de recuo”, ressalta Silveira. A promessa do governo americano de iniciar com força o boicote sobre o Irã, que tem mais de 3 milhões de bpd, deve sustentar a trajetória de alta. “As consequências dessa alta sobre a economia global vão na direção dadesaceleração da atividade econômica, que já está ocorrendo por outros fatores. Por conta desse cenário, os juros estão se mantendo estáveis, com a inclinação dos EUA em +12 bps, e a moeda americana fortalecida”, explica Pedro Paulo. O resultado do Bradesco veio em linha com as expectativas levantadas pela Broadcast, mas marcou um novo recorde, batendo os R$ 6,2 bilhões. Hoje ainda teremos a divulgação de Lojas Renner, Localiza, Grendene, Hering, Fleury e Copasa. No lado real da economia, o IBGE divulgou o IPCA-15, que veio em 0,72%. “O índice subiu na maioria dos itens, com destaque para os alimentos e para combustíveis. As estimativas para a inflação de 2019 serão revistas para cima, já que as altas do dólar e do petróleo serão reforçadas pelos efeitos importantes da gripe suína que está produzindo um enorme choque de oferta na China. A nossa estimativa para o IPCA de 2019 tende a ficar acima de 4,10%, novamente. A abertura do mercado doméstico mostrou algum refresco para o dólar, que está caindo 0,28%. O Ibovespa, porém, segue em queda, com -0,4%, acompanhando o exterior. O dia não tem tendência definida, nem para a moeda, nem para o mercado acionário”, finaliza o Economista-Chefe da Nova Futura Investimentos. Sobre a Nova Futura Investimentos Sócia-fundadora da BM&BOVESPA, a Nova Futura Investimentos, foi fundada em 1983, atua nos mercados de commodities, renda fixa, renda variável e seguros. Com presença nacional, a instituição financeira conta com 21 escritórios espalhados por diversas cidades do país. Ao longo de mais de três décadas de existência, se consolidou como uma das maiores e mais independentes casas de investimentos do Brasil. Com tradição no mercado institucional, vem se tornando referência no varejo, oferecendo a mesma qualidade já ofertada ao mundo empresarial agora também para pessoas físicas. Em 2017, confirmando a tradição de excelência, a corretora recebeu o selo Nonresident Investor Broker, que reconhece a estrutura organizacional e tecnológica especializada na prospecção de clientes, prestação de serviços de atendimento consultivo assim como execução de ordens e distribuição de produtos da BM&FBovespa para investidores não residentes. |