Mês da mulher empreendedora: Conheça 5 histórias de grandes empreendedoras brasileiras de sucesso

No dia 19 de novembro, comemoramos o Dia Mundial do Empreendedorismo Femino. Essa foi uma data estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2014, que busca destacar e valorizar o papel das mulheres no mundo do empreendedorismo.

Sabemos que a tarefa de empreender no Brasil não é simples, poucos incentivos e instabilidade econômica são alguns dos principais empecilhos para empreendedores no Brasil. O desafio é ainda maior quando se trata de mulheres criando e gerenciando suas próprias empresas. Além dos impeditivos enfrentados por todos, elas ainda precisam lidar com preconceitos e violência de gênero, que podem afetar seus negócios.

No entanto, existem diversas mulheres que buscam vencer as barreiras do preconceito e muitas delas conseguem prosperar em suas empresas. Para termos ideia, uma pesquisa feita pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora, com apoio do Meta, revelou que 46% das empreendedoras começaram por necessidade. Para várias mulheres, o início difícil serve como um empurrão para uma história de superação e sucesso.

Na minha visão, é claro que exista um motivo para a escassez de empreendedoras. Se pararmos para pensar em todas as mulheres que tiveram sucesso no Brasil, elas têm algo em comum: foram todas desacreditadas em algum momento de suas carreiras.

Mesmo com as dificuldades impostas pela sociedade, existem muitas que se destacaram com suas empresas. Abaixo, listo 5 grandes histórias de mulheres brasileiras que alcançaram o sucesso empreendendo e podem servir de inspiração para quem deseja iniciar no mercado do empreendedorismo:

Luiza Trajano – Magazine Luiza: É provável que Luiza Trajano seja a empreendedora mais reconhecida do país. Líder da gigante do varejo, Magazine Luiza, ela iniciou em cargos menores na empresa de sua tia e ascendeu na organização até que, em 1991, virou CEO da companhia. Foi como presidente que começou a aplicar o e-commerce dentro da empresa, que a fez decolar e deu a Luiza o título de mulher com o maior patrimônio do Brasil, em 2020, quando tinha um valor estimado de US$ 4,3 bilhões.

Luiza alcançou o sucesso a partir de sua autenticidade, ela batalhou por seu sucesso. A partir de valiosos estudos que colocaram a Magazine Luiza como uma gigante do mercado, o que deve ser notado, é que Luiza teve que mostrar muito mais dedicação e esforço do que seus concorrentes masculinos.

Cristina Junqueira – Nubank: O mais surpreendente na carreira de Cristina Junqueira foi seu surgimento e crescimento exponencial, co-fundadora do banco digital Nubank. Trabalhou por anos como funcionária em grandes bancos, onde ascendeu para cargos executivos, até que, em 2013, fundou ao lado de David Vélez, a fintech Nubank, que hoje tem um valor estimado de R$ 245,7 bilhões.

As mulheres que estão atrás, por exemplo, do Nubank e da Magazine Luiza também tiveram suas trajetórias marcadas pelo preconceito e pela forma como são cobradas por estarem supostamente fazendo a coisa errada. Essas mulheres também tem outra coisa em comum – elas alcançaram o sucesso de forma estrondosa. Isso é algo que abre portas para várias outras.

Bianca Andrade – Boca Rosa Beauty: Jovem e desafiadora, essas palavras podem definir a trajetória de Bianca Andrade, conhecida nas redes sociais como Boca Rosa. Crescida na Maré, bairro periférico do Rio de Janeiro, Bianca Andrade ganhou o apelido de Boca Rosa por sempre ir para a escola bem maquiada, mais especificamente, com um batom rosa. Começou em 2011 a fazer tutoriais de maquiagem no youtube e ganhou milhões de seguidores em suas redes. Em 2018 fundou a Boca Rosa Beauty que, em 2020, faturou R$120 milhões.

A Boca Rosa foi criticada várias vezes por ser “apenas” uma influenciadora, que estava querendo se “meter” no mundo dos negócios. Mas ela deu a volta por cima, não se rendeu diante das críticas e se manteve firme no seu propósito e no seu caminho. É essencial para que, lá no futuro, você seja parabenizada por muitos, mesmo os que não te apoiaram desde o começo.

Cleusa Maria –  Sodiê Doces: Com origem humilde, Cleusa já trabalhou como cortadora de cana, empregada doméstica e recepcionista. Em 1997, graças a um empréstimo de seu irmão, fundou a primeira unidade da Sodiê Doces. Inovando com a possibilidade de ter bolos e doces prontos a qualquer momento para compra, tornou a sua marca a maior franquia de doces do país.

A falta de dinheiro acaba sendo um impeditivo muito grande para chegar no sucesso, as pessoas precisam fazer alguma coisa que as façam ganhar dinheiro, enquanto elas estão trabalhando paralelamente no projeto delas. Empreender leva tempo, dinheiro e demora para dar certo. É comum que, na ânsia de lucrar, alguns pulam passos e não conseguem chegar lá.

Maria Eduarda Camargo e Emily Ewell – Pantys: Criada em 2017 pela norte-americana Emily Ewell e pela brasileira Duda Camargo, a Pantys produz calcinhas absorventes reutilizáveis. Em 2022, com um volume de produção de 70 mil peças mensais, a empresa teve um crescimento de 16% e uma base de 1,4 milhões de clientes. Além disso, inauguraram uma loja pop-up em Paris. Focando na Europa, a meta é crescer para 20% de participação no mercado internacional até o final de 2023.

Encontrar espaço dentro do empreendedorismo é difícil, mas a inovação é algo que pode fazer com que a sua ideia se destaque e ganhe reconhecimento. As histórias de sucesso de empreendedoras são raras. Existem muitas, mas se pararmos para pensar na quantidade de mulheres que existem no Brasil, somos a maioria populacional, fazendo ser proporcionalmente raro a história de mulheres independentes que alcançaram o sucesso.

As histórias empreendedoras servem de incentivo para quem tem medo de se arriscar, precisamos nos ajudar e apoiar para conquistar ainda mais espaços.

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