O impacto positivo do Conselho de Administração nas empresas

Estrutura pode ser fundamental para as tomadas de decisões e alcance de resultados dentro de uma organização

 

O cenário empresarial no Brasil caminha para seu amadurecimento à medida que as boas práticas de governança corporativa são disseminadas. As empresas perceberam que, ao investir em princípios baseados na transparência, prestação de contas, pactuação de resultados, equidade entre os sócios e responsabilidade empresarial, é possível ter melhor desempenho e sustentabilidade no longo prazo.

Nesse sentido, os Conselhos de Administração ganharam espaço tanto nas grandes empresas, mais formais e obrigatórios naquelas com ações na Bolsa de Valores, quanto nas pequenas e médias, menos burocráticas e mais dinâmicas. Ao debater e definir assuntos mais estratégicos, o Conselho funciona como um órgão que zela pela consistência e coerência das decisões relacionadas à empresa e negócio, com vistas à sua maior competitividade e longevidade no longo prazo.

A Partners Comunicação é uma agência de comunicação integrada, com 27 anos de mercado, que há seis adotou o Conselho de Administração como condutor de suas estratégias e diretrizes do negócio. Segundo Dino Bastos, CEO do Grupo Partners Pro Business, do qual a Partners Comunicação faz parte, a criação do Conselho surgiu diante de uma situação difícil que a agência vivenciava em 2015. “O Conselho foi fundamental para repensar e reestruturar a empresa como um todo. Desde a realocação de todos os perfis de profissionais nas áreas certas até a construção de processos de gestão do desempenho das equipes, que se perpetuam até hoje por meio do projeto ‘Líder Em Ação’, com reuniões bimensais e fechamentos trimestrais e anuais com os gestores dos setores da empresa”, destaca.

“Cada vez mais empresas utilizam a estrutura de funcionamento similar à de um Conselho de Administração, pois perceberam suas vantagens ao alinhar a empresa, seus sócios, lideranças, resultados e prioridades que sejam melhores para a empresa e não para o indivíduo A, B ou C… O sucesso das várias empresas onde atuo está ligado a isso”, afirma o economista Carlos Caixeta, associado do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.

Em sua essência, o Conselho de Administração conta com a presença dos sócios, ou seus representantes, e especialistas externos com a missão de debater e definir os rumos de longo prazo para a empresa e assuntos afins, como a relação e conflitos entre os sócios, definição dos investimentos e riscos, plano estratégico, perfil das lideranças, pactuação e cobrança dos resultados, fortalecimento da cultura, alianças e parcerias estratégicas.

Participam do Conselho pessoas com ampla experiência de mercado, prática e conceitual, capazes de aprofundar o entendimento e orientar decisões com impacto interno e externo no desempenho e reputação da empresa. “O Conselho precisa gerar transparência e credibilidade dentro e fora da organização; é o guardião da governança corporativa. Geralmente composto por cinco a 11 membros de diferentes experiências e qualificações, com habilidades e pontos de vista distintos”, afirma Caixeta

A criação dessa estrutura é um passo importante para toda empresa, mas exige maturidade e compromisso real pois não há espaço para brigas de ego ou decisões pessoais que favoreçam esse ou aquele grupo, essa ou aquela pessoa – algo impensável no ambiente de um Conselho de Administração. “Esse é o maior desafio dos sócios e acionistas que decidem pela boa governança: fazer sacrifícios pessoais em benefício da empresa, colocando-a como prioridade, servindo aos interesses de sua longevidade e resultados, nunca agindo para se servir dela, algo infelizmente comum e um dos principais motivos do fracasso empresarial”, reforça Carlos Caixeta.

Dino Bastos reforça sobre a importância que um Conselho de Administração representa dentro das empresas, principalmente quando ela busca alcançar suas metas e objetivos. “Como o Conselho vem com uma estrutura neutra, com profissionais externos à operação e especializados em gestão empresarial, eles estão sempre pensando e planejando o alcance dos resultados no longo prazo que foram pactuados. Estão sempre monitorando os objetivos pontuados de forma neutra e sempre que alguma coisa começa a correr fora do eixo eles nos trazem de volta para alinhar as estratégias da empresa”, pontua o executivo.

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