Mobilidade elétrica: como o setor elétrico se adapta à tendência

Leandro Souza*

Nos tempos atuais, é cada vez mais nítida a ideia de que os veículos do futuro serão elétricos. Essa informação ecoa em fóruns sobre mobilidade nos quatro cantos do planeta – do Brasil à China, da Europa aos Estados Unidos. Uma empresa que tem como parte do seu plano de negócios temas como a inovação, precisa dialogar com as tendências de mercado em qualquer área de conhecimento que demande desenvolvimento de soluções em tecnologia.

Assim, ter projetos nessa área significa, sem dúvida, estabelecer um diálogo não somente com a modernidade que bate à nossa porta, mas também com elementos que serão determinantes para a sobrevivência de qualquer empresa no mercado, como pensar sobre a criação de ações que promovam qualidade de vida e economia sustentável para um mundo melhor.

O mundo mudou, as pessoas se preocupam cada vez mais com o aquecimento global, e isso impacta diretamente o que tende a ser consumido no mercado. As empresas estão se adaptando a esse cenário sustentável, e, com isso, temos o crescimento da indústria elétrica, que vê a oportunidade de fazer parte desse novo mundo, oferecendo produtos que visam suprir o mercado de carros elétricos e eletrificados, denominados “verdes”.

Um dos grandes gargalos no que diz respeito à mobilidade elétrica é também seu grande trunfo: as baterias. Empresas de todo o mundo têm trabalhado para desenvolver soluções que forneçam maior autonomia e menor tempo de carga para os usuários.

Na esteira do uso de fontes renováveis, algumas montadoras deram um passo à frente e anunciaram o lançamento de modelos com placas solares acopladas ao teto ou capô dos veículos. Com isso, as baterias seriam carregadas conforme o automóvel circula. Ao que tudo indica, a mobilidade elétrica é um caminho sem volta. Mais do que a preocupação com o meio ambiente, trata-se de entender a finitude das reservas de combustíveis fósseis e os benefícios que essa tecnologia pode proporcionar a curto e longo prazo.

Nosso cenário brasileiro ainda é modesto e, por isso, apresenta inúmeras oportunidades para o desenvolvimento da mobilidade elétrica. Podemos citar os eletropostos, onde os carros movidos a eletricidade são “abastecidos” por meio de carregadores. Nesses postos, o abastecimento pode ser feito por meio de estações de carregamento alimentadas pela própria rede ou até mesmo por placas fotovoltaicas para a geração de energia solar.

Aqui, a avaliação desse setor, para os próximos 12 anos, já se tornou necessária, e as discussões estão avançando consideravelmente. Isso faz com que os carros elétricos comecem a despontar no trânsito das cidades maiores, ainda que timidamente, revelando uma tendência de prosperar. A criação de postos de abastecimento e suas tecnologias, bem como o desenvolvimento de baterias cada vez mais potentes em termos de durabilidade, e todos os equipamentos específicos para a produção de veículos elétricos são oportunidades de negócios e investimentos para o mercado futuro.

No momento atual, vivemos a preocupação mundial com o desenvolvimento de meios de transporte movidos a energia limpa, que contribuam para um meio ambiente saudável e menos poluído. Assim, devemos considerar o bem-estar, a saúde e a qualidade de vida dos nossos consumidores os principais benefícios decorrentes do investimento em mobilidade elétrica.

Nesse contexto, as empresas têm um papel fundamental para que os carros elétricos sejam uma realidade na sociedade atual, oferecendo produtos que comprovem a facilidade do uso dessa nova tecnologia. Assim, será possível mostrar à sociedade a praticidade no carregamento das baterias, e também a velocidade e a qualidade desse serviço, o que auxiliará no aumento do número de pontos de carregamento nas cidades. Esse cenário certamente abrirá oportunidades de investimentos para que a mobilidade se torne cada vez melhor, além de prover produtos e soluções de qualidade.

* Leandro Souza é gerente de Markting da Steck. 

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