Cenário pandêmico compra necessidade de inovar
Nesse 19 de outubro é possível comemorar avanços, mas ainda é preciso acelerar |
Dia 19 de outubro é celebrado o Dia Nacional da Inovação. O dia foi escolhido em homenagem à Santos Dumont, que em 19 de outubro de 1901 deu volta ao redor da Torre Eiffel com seu dirigível. Inovar teve ainda mais importância nos últimos anos devido ao cenário pandêmico. Com a COVID-19, entendemos que novas práticas, tecnologias e pesquisas são fundamentais para o desenvolvimento social e econômico de um país e a indústria é um desses pilares para promover a inovação. Para Fabrício Lopes, gerente executivo de Tecnologia e Inovação do Sistema Fiep, a inovação está presente na sociedade desde o início dos tempos: “a história mostra que a inovação traz prosperidade, qualidade de vida, trouxe a difusão de informações e ampliou a possibilidade de conexões entre as pessoas. A inovação é fundamental para o desenvolvimento da indústria e está presente no nosso dia a dia, melhorando nossa saúde, alimentação, a comunicação e a conexão entre as pessoas”.
Para sensibilizar ainda mais os empresários brasileiros, é preciso desmistificar a ideia de que inovar é caro e exige um investimento muito alto em tecnologia. “Inovar é mais simples do que parece: é se conectar, trocar ideias, falar sobre diversos assuntos e depois implementar essas possibilidades levantadas na troca de conhecimento. Quando trazemos essas premissas para o mundo corporativo, a prosperidade vem junto: com novos produtos, processos melhores, serviços mais eficientes e baratos. Como consequência, a empresa pode crescer, contratar mais, mudar o contexto da sua cidade ou até do mundo inteiro”, afirma Fabrício.
O Sistema Fiep carrega a inovação em seu DNA, e, para promover a inovação no setor industrial, fornece um ecossistema completo que permite o desenvolvimento de produtos inovadores, a transformação digital de negócios e a otimização nos processos de trabalho, tornando a indústria mais digital, produtiva e competitiva. “Com uma rede composta por institutos de Tecnologia e Inovação, além de Hub de Inteligência Artificial, Centro de Mobilidade Sustentável, Aceleradora e o mais recente Habitat Senai, facilitamos e agilizamos a geração e a transformação de ideias em soluções inovadoras, apoiando todas as etapas do processo de gestão da inovação, desde a concepção da ideia até a disponibilização para o mercado”, explica Fabrício.
Para facilitar a implantação de projetos inovadores, estimular a cultura de inovação e a geração de valor nas empresas, o Senai realiza consultorias em áreas como gestão da inovação e captação de recursos, além de apoiar o desenvolvimento de projetos tecnológicos por meio dos Institutos Senai de Tecnologia e Inovação. Além disso, o Senai auxilia na identificação de fontes de recursos para subsidiar o desenvolvimento e implementação das inovações.
A implementação de uma inovação na prática aconteceu na Cocamar, que contou com o apoio do HUB de Inteligência Artificial do Senai no Paraná para desenvolver um aparato que captura imagens de amostras de grãos de soja, extraindo informações e treinando um algoritmo para monitorar o nível de acidez e a concentração de clorofila.
“O processo de classificação dos grãos é crucial na negociação da produção agrícola.
É por meio dessa classificação que os grãos são avaliados para compor o preço de compra que a Cocamar oferecerá ao produtor. Com a transformação desse processo, que hoje é parcialmente manual, para a classificação por imagens utilizando a Inteligência Artificial como ‘cérebro’ da operação, o objetivo é ganhar agilidade. Em momentos de safra agrícola, a quantidade de caminhões que passam pelo processo em um espaço pequeno de tempo é muito grande e, neste momento, qualquer minuto perdido pelo produtor tem grande impacto. Por isso, nós, enquanto cooperativa, precisamos ajudar o produtor nesta etapa”, explica Guilherme Bulla Zago, especialista de projetos da Cocamar. Esta é uma das maneiras que as novas tecnologias podem ajudar o agronegócio a acelerar seus processos.
Um exemplo de que inovações incrementais podem potencializar a competitividade das empresas é o Brasil Mais, programa de mentoria que auxilia as indústrias a reduzirem custos e aumentar a produtividade com decisões mais ágeis e efetivas, práticas fundamentais neste período de retomada econômica. “O resultado é extremamente gratificante. Tivemos um ganho em algumas áreas de 83%, bastante acima da média, é muito importante, mais do que o projeto em si, a conscientização que nós precisamos ter, primeiro com industriais, de todos os benefícios que a Fiep pode dar ao empresário”, esclarece Eloisa Orlandi, proprietária da Carob House e presidente do SINCABIMA.
Já na Vertys Solar Group, Lucas Malacarne, analista de qualidade da empresa, conta que o programa Brasil Mais fez modificações no layout da área de processos, separação, medição, produção, alterações no processo produtivo, como fluxo divisão das atividades, padronização e mensuração. “Um dos pontos que mais melhorou foi a mentalidade: ou seja, todos aqui na equipe, desde o funcionário da produção até a direção, entraram com uma mentalidade para fazer a mudança e viram os resultados depois. Toda equipe se engajou no processo, estava mente aberta, topou as mudanças, e no final os resultados foram excepcionais, então valeu muito a pena”, conta Malacarne. Antes do Brasil Mais, o recorde de separação de pedidos no decorrer de 2021 e 2020 da empresa foram de 245 pedidos separados mensalmente.
No mês de agosto, após o programa, a equipe conseguiu separar mais de 396 pedidos. “Isso financeiramente vai dar uma rentabilidade de mais de 100 mil reais no ano, em torno de R$ 9/10mil por mês. Foi um resultado fantástico que a gente teve em um projeto rápido, de dois meses. Mais de 60% de aumento da produtividade e mais de R$ 100 mil de economia no ano com mão de obra”, conclui. Fonte: Adobe Stock
Para acompanhar as ações do Senai no Paraná para a promoção de inovação no estado, acesse: https://www.senaipr.com.br/
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