Agronegócio: potencial de crescimento do setor traz possibilidades para os investidores

Gestor da Santa Fé Investimentos explica que, com a aprovação do FIAGRO, a aposta no agronegócio brasileiro com a agenda ESG acompanha a tendência de crescimento da área, mas deve equilibrar a boa performance econômica com os pilares socioambientais
 

Em 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio avançou 24,31% no Brasil em comparação com o ano anterior – mesmo em um período de dúvidas sobre a economia em razão da pandemia da Covid-19. O setor fechou o ano representando 26,6% da atividade econômica brasileira, contra 20,5% no intervalo anterior, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Já em 2021, no primeiro trimestre o segmento obteve um avanço de 5,7% em relação ao mesmo período de 2020.

Analisando os dados, o sócio e gestor da Santa Fé Investimentos, Sérgio Bueno, explica que existe um cenário promissor no agronegócio brasileiro que deve ser considerado pelos investidores, ainda mais após a aprovação do novo formato de produto financeiro para esse setor, isto é, o famoso FIAGRO (Fundo de Investimentos nas Cadeias Produtivas Agroindustriais – um instrumento que aproxima essa área do mercado de capitais). “Acreditamos no potencial agro brasileiro, feito com responsabilidade e critério, com um olhar para a conservação. Para nós, o segredo está em equilibrar a boa performance econômica com os pilares socioambientais”, salienta.

Esse setor agrada a todos os tipos de investidores. O aporte em terras – uma reserva de valor que ainda serve de proteção contra a inflação – é o mais indicado para o equilibrado e tradicional que acredita no ditado secular “Quem tem terra não erra”. Já o investimento em empresas de agronegócios, que dependem de uma série de fatores, como desempenho da safra, variáveis de preços de commodities e fatores climáticos (se há chuva ou não), atende mais ao perfil arrojado.

De acordo com Gabriel Junqueira, sócio e analista de investimentos da SFI, o advento do FIAGRO deve ser encarado como um meio de democratização dos investimentos no setor do agronegócio, sempre resiliente às crises. “Essa modalidade possui um amplo espectro de atuação dentro da cadeia agroindustrial. Dessa forma, o investidor poderá ter acesso aos mais distintos tipos de investimento no setor, como Imóveis Rurais, Títulos do Agro (CRAs, LCAs, etc) e Participações em Companhias Fechadas”.

Tanto o mercado de crédito quanto o próprio mercado de terras sempre foram muito restritos aos grandes investidores, o governo ou principais players do setor. “Com este novo veículo, os investidores de varejo terão como acessar toda a cadeia produtiva e participar ativamente deste setor que é tão importante para a economia nacional. Os pequenos produtores podem e devem encarar os Fiagros como uma alternativa de financiamento para suas atividades rurais”, acrescenta Junqueira.

Agrofinanças no cerne dos negócios

A Santa Fé conta atualmente com dois principais fundos: o Santa Fé Scorpius, com foco no mercado de ações para o investidor mais arrojado, e o Santa Fé Aquarius (multimercado), mais direcionado ao perfil moderado, equilibrando muito bem rendas fixa e variável. Em ambos, é identificado um grande volume de aportes que vêm de empreendedores e empresários de agronegócios. Esse cenário é atribuído, parcialmente, ao relacionamento de proximidade que os sócios da Santa Fé possuem com o segmento e, também, ao amplo potencial agro do País, conhecido mundialmente por essa vocação.

Ciente dessa vocação do País, cuja excelência tange diversas commodities – como carne bovina, soja, milho, açúcares, entre outras -, a Santa Fé Investimento tem investido na estruturação de um time com amplo conhecimento nesse setor. Formado em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Sérgio Bueno está imerso no universo agro desde 2002, sendo o responsável operações de soja e milho de grande porte no MAPITOBA além dirigir fazendas de cana-de-açúcar no interior de São Paulo (região de Ribeirão Preto), conhecida como “vale do silício” da produção agrícola brasileira.

Com esse olhar atento para mitigação de riscos socioambientais, a Santa Fé está alinhada com as 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU e conta com um departamento de sustentabilidade estruturado. Quem atualmente responde pela área é Ana Luisa Da Riva – CSO (Chief Sustainability Officer) da empresa. “Cada vez mais, o mundo demanda uma produção mais consciente. Buscamos parceiros que estejam em alinhamento com os códigos ambientais e com a regularização dos passivos gerados”, pontua.  “Temos este olhar não apenas para empresas do agro, mas sim buscamos analisar o ESG em profundidade para todas as nossas investidas”, completa.

Ainda sobre a relação entre agronegócios e investimentos, Bueno ressalta que existem muitos mitos sobre o assunto, entre eles, a inacessibilidade. “A integração do agronegócio com o mercado financeiro proposta pela Santa Fé visa democratizar o acesso ao agro para os pequenos e médios investidores”. A Santa Fé começou 2021 com uma cartela de 1 hum mil clientes e até  agora no mês de Setembro, a gestora baterá a marca de 5.000 cotistas!

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