Qual pergunta é mais difícil responder em uma entrevista?
Entenda quais são os maiores impasses para os jovens em processos seletivos
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Em um processo seletivo, recrutadores utilizam diversos artifícios para conhecer de maneira aprofundada os candidatos às vagas. Nesse sentido, algumas questões consideradas até “padrão” são realizadas e, mesmo sendo algo comum nessas análises, parte dos profissionais pode ficar confusa sobre como devem ser suas respostas. Justamente por isso, o Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios fez uma pesquisa com 44.763 jovens entre 15 e 29 anos e perguntou: “qual pergunta é mais difícil responder em uma entrevista?”. O estudo ficou no ar entre 8 e 19 de fevereiro.
Mais de 39,7% (17.782) dos entrevistados relataram dificuldade em apontar porque a empresa deve lhes contratar. Para Jéssica Quione, analista de seleção do Nube, esse é o desafio para grande parte dos participantes por falta de conhecimento sobre suas capacidades e características. “Ou até mesmo por não estarem preparados o suficiente para a entrevista. É possível alterar esse cenário e conquistar o recrutador apresentando seus diferenciais e os principais motivos capazes de torná-lo elegível para a oportunidade”, explica. Realizar uma pesquisa abrangente sobre a vaga e a contratante também pode ajudar.
Outros 31,9% (14.309) enfrentam adversidades ao responder quais são seus maiores defeitos. Esse momento, segundo a especialista, pode ser difícil. “Afinal, admitir suas dificuldades dentro do processo pode ser desconfortável para o candidato. Portanto, é necessário enxergar quais aspectos demandam aperfeiçoamento para potencializar as qualidades. Assim, é importante atribuir a falha em conjunto com uma atitude positiva capaz de ajudar a superá-la”, constata.
Já para 20,6% (9.227), o principal desafio é responder “pode me falar um pouco sobre você?”. De acordo com Jéssica, o autoconhecimento é essencial para ter assertividade quanto a esse questionamento. “Se conhecer é vital para entender os principais pontos fortes e de melhoria, em conjunto com uma análise de trajetória profissional ou acadêmica. Isso nos permite ter consciência das nossas competências e da maneira como podemos demonstrá-las durante essa análise”, expõe. Ainda para ela, isso pode ser feito por meio de cursos sobre inteligência emocional, buscando feedbacks em processos seletivos anteriores e de colegas de trabalho, escola ou faculdade e professores.
Por fim, 3.445 ou 7,7% dos respondentes tiveram obstáculos ao receberem a pergunta “quais seus objetivos de carreira?”. “A falta de foco pode impactar a resposta dessa questão pois muitos jovens estão iniciando a trajetória e ainda não possuem um planejamento claro sobre quais são seus principais objetivos. A solução é buscar respostas capazes de se enquadrar com novas competências, realizar cursos extracurriculares e dominar ferramentas. Todos esses pontos são cruciais e são considerados escopos importantes a serem conquistados no âmbito profissional”, diz.
Desse modo, a principal dica para ter destaque em um processo seletivo é ser você mesmo. “A partir disso, é importante deixar atualizados todos os acontecimentos relevantes sobre a trajetória do candidato em seu currículo. Também se prepare e conheça todas as informações da colocação e da companhia para qual se tem interesse em atuar. Treine a apresentação sobre as suas vivências e habilidades, seja pontual e atente-se à imagem e à postura”, finaliza.
Fonte: Jéssica Quione, analista de seleção do Nube
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