A potencialidade mineral do Ceará pode ser avaliada nos produtos, com mais de 900 ocorrências de recursos minerais, especialmente para rochas ornamentais, magnesita e também materiais para o setor de construção civil, como areia, argila e brita. Com relação aos metais, foram registradas mais de 200 ocorrências de ouro, platinoides, ferro, chumbo, cobre e cromo. Em menor proporção, foram cadastradas ocorrências de gemas de ametistas, berilo e turmalina, além de urânio. “Dentre as substâncias minerais que há no estado do Ceará, destacamos o setor de rochas ornamentais, sendo o terceiro maior exportador do país.
Destaca-se também as mineralizações auríferas e elementos do grupo da platina na região do município de Pedra Branca e minerais estratégicos como fosfato-urânio da jazida de Itataia, localizada no município de Santa Quitéria, sendo o fosfato matéria-prima para a produção de fertilizantes, insumo de extrema importância para a agricultura nacional”, resumiu.
Este trabalho de mapeamento de potencialidades colocou em plena atividade a mineração no Ceará, resultando nesta colocação de terceiro maior produtor nacional em rochas para fins ornamentais. Desde 2003, a cartografia geológica feita pelo SGB-CPRM, empresa pública ligada ao Ministério de Minas e Energia, foi intensificada, ampliando a cobertura do mapeamento em maior escala, o que culminou com o lançamento deste mapa que atualiza e integra todos os dados, conforme explica o diretor de Geologia e Recursos Minerais do Serviço Geológico do Brasil, Márcio Remédio.
Os resultados deste esforço de mapeamento básico podem ser avaliados por meio dos dados da Agência Nacional de Mineração (ANM). De acordo com levantamento do número de áreas requeridas para pesquisa mineral, que é a fase em que se iniciam os estudos detalhados das potencialidades minerais, a partir da divulgação dos estudos do SGB-CPRM, realizados entre os anos de 2007 e 2019, foram requeridas 585 áreas para pesquisa mineral no estado do Ceará. “O mapeamento geológico é um dos pilares do desenvolvimento sustentável, pois todos dependem fortemente de suprimentos adequados de energia e recursos minerais, o que torna uma questão de soberania nacional saber os recursos que cada país dispõe no subsolo”, destacou Márcio.