Bolsonaro: nenhum apreço pelas liberdades individuais

Em dois recentes episódios, o presidente Jair Bolsonaro demonstrou novamente seu pouco apreço pelos conceitos de liberdade e direitos civis da população. Primeiro falou que tinha vontade de socar um repórter que lhe perguntou sobre os depósitos do ex-motorista Fabrício Queiroz na conta de sua esposa, Michelle Bolsonaro.

Dias depois, se vangloriou de não ter desenvolvido sintomas pela covid-19 e chamou de “bundões” quem desenvolveu. Vale lembrar que já são mais de 116 mil mortes pela pandemia no país.

“O presidente fere o Estado Democrático de Direito dia sim, dia também, não tem apreço por liberdades individuais, não tem decoro para o posto em que está e lhe falta a mínima noção de respeito”, afirma Paulo Gontijo, diretor executivo do Movimento Livres.

Responsabilidade fiscal abandonada

As recentes falas ainda se inserem apenas no campo da civilidade e do respeito. Na área econômica, Bolsonaro vem flertando com o oposto do que prometeu na campanha. O presidente dá sinais de querer jogar às favas a responsabilidade fiscal e gastar o que o Brasil já não tem.

“Além de todos os absurdos e ataques às liberdades que faz, agora o presidente flerta com o populismo econômico. Viu que gastar dá resultado político e está coçando as mãos para abrir os cofres. Se isso ocorrer, serão mais anos de um Brasil sem crescimento econômico, pouca geração de empregos e quase nenhuma perspectiva para toda uma geração”.

 

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