Contratando com excelência
(Por Cristiane Campos)
Começou o ano, período de planos, estratégias e as contratações não poderiam ficar de fora. No início de todos os anos, as empresas põem em prática seu Planejamento Estratégico. Na condição de Consultora de RH, percebo que o subsistema Recrutamento e Seleção nunca sai de moda, sempre constando no planejamento o aumento de quadro ou substituição de colaboradores.
Novas metas e objetivos são implantados nos setores organizacionais e recrutar e selecionar bem, vem sendo cada mais, imprescindível nas organizações.
Há alguns anos atrás, recrutar o melhor candidato parecia simples. Aplicava-se uma entrevista, recolhia o currículo e se o candidato tivesse uma boa desenvoltura e uma dicção desejável, já ocuparia a vaga em questão. Mas as medidas tomadas hoje pelo o setor de Recursos Humanos são bem mais detalhistas. Com as ricas ferramentas de coibição de fraude, o selecionador adquiriu maior segurança e assertividade na condução de um processo seletivo.
Uma prática utilizada até os dias de hoje, porém, falha, é o empresário de pequena e média empresa ficar à frente de todas as etapas de uma seleção de pessoas. Por ser uma tarefa operacional, requer uma demanda de tempo considerável.
Aplicação de avaliações, testes situacionais, psicológicos, grafológicos, dinâmicas de grupo, enfim, essas etapas costumam exigir bastante disponibilidade por parte do selecionador, etapas estas, que são abolidas pelo o diretor ou gerente de uma organização por várias questões envolvidas, dentre elas, o “acelerar” logo o processo seletivo pela necessidade de preencher logo a vaga, afinal, “o setor não pode esperar ou parar”.
É certo que, só conhece o candidato na prática de suas atividades, porém, as ferramentas minimizam o índice de erros ou falhas na escolha do candidato em torno de 80%. Fatores como, a elaboração de um bom currículo, a pontualidade, a postura, a desenvoltura e dependendo da vaga, a discrição do candidato, são fatores preponderantes na escolha do melhor profissional.
A divulgação da vaga e as descrições das atividades correspondentes a aquela vaga, também são importantes. Tornar a vaga atrativa e chamativa, colocando alguns detalhes que serão importantes para o candidato se candidatar a vaga ou não, somam para o sucesso de uma contratação. Características como, dinâmico, proativo, que pode liderar uma equipe, não querem dizer muita coisa, deixando o anúncio vago e comum. Portanto, enfatize as atividades que o candidato exercerá no cargo e não as habilidades que não serão necessariamente utilizadas na função.
Deve-se ter cuidado com a busca incansável do “candidato dos sonhos”. Um profissional que foi idealizado pelo o selecionador e que por vezes, esse profissional não existe. Então, não desperdice um bom profissional na espera do “príncipe que irá salvar o setor”. Seja objetivo, contrate os melhores dentro de um processo seletivo, mas não fantasie.
Na execução de uma seleção de pessoal, o selecionador deve ficar atento às respostas do candidato e no decorrer da entrevista, modificar a pergunta mais de uma vez. Buscar aqueles que geram resultados em suas experiências é um dos maiores desafios do setor de Recursos Humanos. Candidatos que relatem fatos, situações que demonstraram produtividade, foco em resultados nas experiências anteriores, também são fatores decisivos na escolha do melhor profissional. Atrair e reter talentos é um grande desafio do RH. A grande maioria dos profissionais, cerca de 90% são contratados por suas competências técnicas e habilidades e são desligados das organizações por questões comportamentais, sendo assim, identificar essas premissas comportamentais no ato da seleção, torna o processo mais assertivo. Daí a preocupação das aplicações das ferramentas que sinalizarão indícios de comportamento.
Ter o cuidado de selecionar o candidato certo para a vaga certa. Cuidado com os perfis, gerencial, operacional, técnico, administrativo, pois existem avaliações técnicas para cada função no momento da seleção.
Atrair, buscar e reter os melhores, fazem toda a diferença na política organizacional de cada empresa. Treinar, capacitar e desenvolver profissionais que tenham potencial é sempre uma grande “tacada”. Valorizar o bom profissional não só em remuneração, mas em políticas de benefícios, treinamentos, cursos, tornando o ambiente profissional agradável, para que este exerça suas atividades com prazer e o mais importante, dê resultados.
Cristiane Campos, Master Coach e Diretora Executiva da Contracte Consultoria