Os mapeamentos publicados em 2020 contemplaram municípios dos estados Ceará, Pará, Paraíba, Paraná, Acre, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rondônia, Sergipe, São Paulo, Piauí, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Pernambuco. “Em 2012, a CPRM recebeu do Governo Federal a missão de realizar em quatro anos o mapeamento de áreas de risco em 821 municípios indicados como prioritários. Após essa meta ter sido atingida, a CPRM continuou os trabalhos e atingiu até o momento a marca de 1605 municípios mapeados no Brasil. Alguns estados já são 100% mapeados, a exemplo do Espírito Santo, Amazonas, Acre, Santa Catarina e Rondônia”, acrescentou o coordenador.
De acordo com os números relacionados à setorização de risco, mais de 3,9 milhões de pessoas vivem em risco entre os municípios mapeados, em mais de 954 mil moradias. Os estudos da CPRM apontam um total de 14.443 setores de risco e 194 municípios sem risco identificado. Em relação a estes dados, o geólogo Julio Lana faz uma avaliação do tipo de risco mais comum classificado entre as áreas setorizadas.
“Considerando os municípios mapeados pela CPRM até o momento, aproximadamente 49% das áreas de risco estão relacionadas a deslizamentos e 34% a enchentes e inundações. Dessa forma, cerca de 83% das áreas de risco mapeadas até o momento estão relacionadas a deslizamentos ou inundações, o que comprova a grande relação desses processos com as áreas de risco no Brasil”, esclareceu o coordenador.