Investidores se animam com a flexibilização da quarentena
“Aqui no Brasil, a tendência é de acompanhar os mercados externos”
O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, vinha operando em sua 7ª alta com a reabertura econômica de diversos países e mantendo o otimismo dos investidores, o que ofusca as preocupações com os protestos contra o racismo que iniciaram nos Estados Unidos. Os atos de protestantismo se espalharam pelo mundo todo por conta do assassinato de George Floyd, um homem preto e que estava desarmado, pela polícia de Minneapolis, EUA. No entanto, o cenário no mercado econômico é outro. Após acumular ganhos de 11% desde o começo do mês de junho, o Ibovespa caiu 2,04% nesta terça-feira, (9), acompanhando o tom mais cauteloso visto no exterior, a 95.648,44 pontos. O índice vinha operando abaixo dos 90 mil pontos desde março.
Economista-Chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira, comenta sobre a tendência do Brasil em seguir o otimismo do mercado externo. “As Bolsas Internacionais estão em alta por conta do otimismo em relação às perspectivas de recuperação econômica, com a reabertura, pós quarentena, na Europa, Ásia e EUA. Aqui no Brasil, a tendência é de acompanhar os mercados externos, já que a percepção de riscos para países emergentes segue em queda, com a melhora dos avançados.” analisa, apesar dos impactos das manifestações no mercado ainda ser bastante limitado.
Os investidores também se animaram com o início da flexibilização da quarentena no Brasil, que segue outros países do mundo para a reabertura do comércio e indústrias. “Ainda que a crise política coloque questões importantes sobre o futuro da estabilidade econômica e que a curva epidemiológica siga atingindo novos recordes, o mercado local segue o exterior, minimizando os riscos no curto prazo”, finaliza Silveira.