O papel da tecnologia no combate ao coronavírus
José Rubens Almeida*
Com o número de casos confirmados a cada dia, o Brasil também tem desenvolvido novas soluções para tratamento e prevenção ao coronavírus. No início do mês de março, o Ministério da Saúde disponibilizou um maior acesso da população ao coronavírus, lançando um aplicativo no qual a população pode tirar dúvidas sobre sintomas, prevenção, unidades de saúde próximas e outras informações relevantes sobre o tema. Chamado “Coronavírus – SUS”, o software ainda fornece notícias em tempo real e um formulário que avalia o risco de infecção dos usuários.
Como essa iniciativa do governo, temos tido notícias de diversas atividades que estão sendo feitas pela sociedade civil organizada, bem como adaptação e desenvolvimento de novas tecnologias no combate à doença, desde investimentos milionários em pesquisa de novas drogas e formas de tratamento até adaptação de produtos para agilizar o dia a dia dos profissionais de saúde.
A demora no atendimento pode ser um fator altamente comprometedor na vida do paciente, desde a demora para detecção do problema, até a demora para o enfermeiro atender o paciente no leito, tanto que as campainhas nos leitos são obrigatórias por norma da ANVISA. Para essa segunda necessidade, desenvolvemos equipamentos sem fio para agilizar a chamada dos profissionais de saúde, seja no leito do paciente em hospitais, em clínicas de repouso ou em laboratórios clínicos. Apertando um botão o paciente pode sinalizar sua necessidade para que o profissional de saúde possa socorrê-lo tão log seja necessário independente de onde esteja.
Como avanço adicional, toda essa tecnologia está disponível hoje, para implantação imediata, na medida em que pode ser instalada sem a necessidade de obras e furação de paredes, uma vez que seu funcionamento prescinde de fiação, é uma tecnologia de transmissão de sinais por radiofrequência e, portanto, sem fio.
Todos os setores da sociedade estão trabalhando para superar os desafios da epidemia e diversas tecnologias estão sendo utilizadas mundo afora para combater a pandemia da Covid-19, causada pelo novo coronavírus. Algumas delas ainda são novas e restritas a determinados países, mas estão em fase acelerada de testes e se mostram úteis para oferecer serviços em situação de isolamento. Enquanto isso, outras soluções mais comuns no mercado vêm ganhando importância em meios às precauções necessárias para conter o avanço da doença, enquanto temos notícia que drones, robôs e até carros voadores vem auxiliando hospitais, autoridades e pacientes a enfrentarem a pandemia.
Ao lado do processo de acelerar a pesquisa, vimos no noticiário que a conectividade 5G vem sendo chave na China e na Coreia do Sul para permitir o contato à distância. Em robôs, a rede de quinta geração é essencial para permitir o funcionamento de sistemas de inteligência artificial. Além disso, a baixa latência da tecnologia ajuda a operar equipamentos médicos via internet com alto grau de precisão. Isso tudo ao lado do desenvolvimento e o acesso ao tratamento prático com medicamentos eficazes contra o novo coronavírus devem fazer com que a pandemia possa realmente utilizar a tecnologia para controle e diminuição dos casos no Brasil. Vamos acreditar e fazer a nossa parte.
*José Rubens Almeida é graduado em ciências da computação e diretor da AGM Automação, que produz toda a linha de equipamentos Psiu sem fio. www.psiusemfio.com.br