Líderes são a chave da mudança do ‘mindset’ digital nas organizações
Por Cristina Bertolino*
A tecnologia está impactando no modelo de trabalho das organizações. Um exemplo é a inteligência artificial (IA), possibilitando que máquinas aprendam com experiências, se ajustem a novas entradas de dados e realizem tarefas como seres humanos. Dessa maneira, qualquer negócio tem de se tornar uma empresa de tecnologia e qualquer profissional tem de adotar um ‘mindset’ digital para essa transformação, entendendo e abraçando esse novo cenário.
Uma pesquisa recente da PwC (PricewaterhouseCoopers) aponta que uma das principais preocupações dos CEOs é sobre a questão do avanço e entendimento tecnológico. Para 75% dos executivos do setor, a velocidade das disrupções provocadas pelas novas tecnologias terá impacto significativo nos negócios. Três em cada quatro CEOs dizem estar preocupados com a velocidade dos avanços tecnológicos e do seu impacto no setor e 72% veem a disponibilidade limitada de competências como uma ameaça ao crescimento de uma empresa.
E como fazer para acompanhar essa transformação com uma nova mentalidade? Uma empresa com um ‘mindset’ digital analisa cenários e procura desenvolver novos modelos de negócios, com apoio da tecnologia, preparando-se para tomada de decisões complexas, trazendo o seu cliente para o centro. Essa empresa busca soluções de acordo com a visão do cliente. Por isso, seus profissionais precisam estar preparados para entender como a tecnologia apoia na solução dos problemas dos seus consumidores.
Inclusive, essa questão foi tema do Fórum Econômico Mundial, destacando que, em 2022, nada menos que 54% de todos os colaboradores, gestores e organizações necessitarão de uma reforma significativa e de qualificação profissional. Essa tendência provavelmente causará agitação dentro das equipes, ainda mais com a realidade de muitas empresas que têm no seu quadro de funcionários quatro gerações, incluindo os Millennials, que são os novos consumidores e a nova força de trabalho nas empresas. Com a informação na palma da mão, eles são muito voláteis, precisando sempre de conversa frequente sobre carreira, entender e ver seu desenvolvimento na empresa e ser desafiados constantemente. Também precisam estar conectados com o propósito da empresa para se manterem. E como lidar com todas essas questões?
Acredito que os líderes serão a chave para nortear esse processo de transformação, incorporando um ‘mindset’ digital nas organizações. Para isso, precisam seguir alguns passos:
1 – Adquirir uma mentalidade digital
2 – Expandir a sua imaginação para novas oportunidade e soluções, desenvolvendo aos poucos novas habilidades
3 – Motivar sua equipe a experimentar coisas novas
4 -Treinar sua força de trabalho: as pessoas precisam estar aptas a resolver problemas de maior complexidade, deixando problemas simples como cadastro, ser resolvido por software. Nesse caso, o ser humano vai agregar valor na tomada de decisão
5 – Investir em plataformas: pense em processos, não em tarefas, procurando conexões mais inteligentes e produtivas
6 – Reaprender constantemente: precisamos de novas competências para cumprir o desafio de humanizar a tecnologia.
Diante desses desafios, não podemos desanimar nem temer a tecnologia, aprendendo a reestruturar, a desorganizar, a inovar e a mudar e, por outro lado, saber organizar, estruturar, padronizar e estabilizar. Precisamos abraçar e capacitar as nossas lideranças, que serão fundamentais nesse processo de transformação digital. Afinal, todo essa mudança vem para ajudar os humanos e não dominá-los.
*Cristina Bertolino é gerente de DHO – Departamento de Desenvolvimento Humano e Organizacional da Shift, empresa de Tecnologia da Informação voltada para medicina diagnóstica e preventiva. Fundada em 1992 e atuante em 22 Estados brasileiros, vem desenvolvendo inovações tecnológicas para fornecer mais eficiência, agilidade e competitividade para o segmento laboratorial no Brasil e na América Latina.
Sobre a Shift
A Shift é uma empresa brasileira especializada em Tecnologia da Informação para medicina diagnóstica. Fundada em 1992 e com atuação em 22 Estados brasileiros, na Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai, vem desenvolvendo inovações tecnológicas para fornecer mais eficiência, agilidade e competitividade para o segmento laboratorial no Brasil e na América Latina.
Presente entre as Melhores Empresas para Trabalhar na área da Saúde no Brasil, pelo ranking Great Place to Work, é responsável pelo processamento de mais de 40 milhões de atendimentos e cerca de 280 milhões de análises clínicas por ano. Com mais de 20 mil usuários do sistema, a empresa tem apresentado crescimento anual de 20%, nos últimos seis anos.
Possui equipes multidisciplinares compostas por analistas de negócios, desenvolvedores,