Repúdio ao racismo no futebol. Escrito por Ézio “Palestrinha” Rodrigues

O futebol é o evento mais extraordinário que existe, e um esporte que une países, religiões e raças diferentes em torno da bola. Mas será mesmo isso? Nessas ultimas semanas (março), vimos uma entrevista do ex-jogador do Zenit e da seleção russa, Pavel Pogrebnyak, criticar a convocação do jogador brasileiro Ari, para seleção da Rússia.

            Jogador de origem cearense, Ari é cria das categorias de base do Fortaleza, mas foi jovem para o futebol europeu e está na sua décima temporada no Campeonato Russo, agora pelo time do Krasnodar. Obteve cidadania russa no ano passado e logo foi convocado para defender a Rússia, nas Eliminatórias da Eurocopa. Isso ocorreu graças pela sua capacidade técnica e entrega em campo, e que foram reconhecidos pelo técnicoStanislav Cherchesov.

            Ao tomar conhecimento da convocação de Ari, Pogrebnyak não poupou na hora de mostrar todo seu descontentamento, e usou palavras racistas e xenófobas. “Tenho uma opinião negativa a respeito. Não vejo sentido. Por que deram um passaporte russo a Ari? Nesta posição nós temos Igor Smolnikov. Poderíamos muito bem seguir sem estrangeiros (na seleção). Acho ridículo que pessoas de cor joguem na seleção russa”.

            O lado mais sujo e imundo da nossa sociedade, mais uma vez mancha o nosso querido futebol. Acho um absurdo que hoje em dia uma pessoa como essa, ainda possa falar o que bem entender e não responder pelos seus atos. Do que adianta fazer campanhas contra o racismo nos jogos, se os próprios jogadores cometem esse ato irracional. Tem que haver leis mais rígidas pra coibir esse tipo de comportamento. Porque caso não faça esse tipo de atitude será mais frequente, e o futebol que antes era usado como um instrumento para paz passara, a ser instrumento de violência.

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